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Se tudo se fizer ao nada, do nada retornará tudo e milagres desvanecerão se nada se fizer em tudo.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O Eterno Adeus


E assim tudo se consuma!
Vozes ao vento, palavras vazias no ar nú de emoções.
Leva-me a alma, o corpo se desintegra do sabor da vida.
Não choro a perda, choro a saudade que por aí vem.

O pobre olhar se extinguiu volvendo em mim o silêncio.
Inexplicavelmente encontro a tão bendita paz divina
E o sangue doce e quente que em mim vibrava as veias
Imóbil, gota a gota se arrefece a sete palmos.

Sinto que morri!
Assim tão de repente deixei-me levar pela morte.
Esta companheira da vida me arrebatou para todo o sempre
Obrigando-me a levar comigo vozes que nunca mais se calarão
E no eterno da minha culpa, ficar à espera do reencontro.

Estou tão próximo, no apogeu dos meus desejos de vida
Agraciado pelas apologias das vozes que de mim se despedem
Entretanto, solenemente no perigeu das minhas forças
Amputado pelo dom fértil da morte que me impede de viver.

Sinto que morri e assim é o nosso destino!
Sinto que não mais viverei, senão como poeira
Levo em mim o sabor de partilhar a vossa amizade
Na minha nova vida, espero novamente vos poder abraçar.
A todos, o meu eterno adeus.

by Johnny Pina

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