Ao som da neblina
A saudade vulnerável
Numa manhã mórbida
De quem carrego em mim
Chove nesta manhã de orvalho
Lágrimas derramadas na veia
E velhas, a saudade, as cinzas
Abraçam o enterro da voz
Poupo-me do jazigo da mente
Vendo-me ao carrasco do tempo
Se morrer for a única paz
E ainda nesta manhã arruinada
Sobrevivo sobre o vivo da carne
Que ainda não morreu de saudade
by Johnny Pina