O vício conserta as minhas falhas
Preciso tanto dos meus erros
Porque nunca exageraram os meus medos
É errado não errar, por vezes
Que o medo não seja barreira
Vícios, não guardam tais lições
Se viver não for de aprendizagem
...a precisão dos erros
Na verdade todos os nossos erros
Oferecem-nos uma escapatória
Por vezes a advertência
É o caminho de regresso às coisas estáticas
Como abraçar uma árvore
Vou continuar a fumar
Os meus signos e atropelos
Que o mundo nos condene
Arregaçados na aba do julgamento
Sustentados pelos vícios que amamos
De coração livre na overdose
De ser feliz no cantinho da vida
Com a alma repleta de orgasmos viciosos
Cada pancada é um ruído bizarro
Do demónio a rasgar-nos os tímpanos
Ou de Deus, na Sua angústia de não ter vícios
Como um rei de mãos atadas para a sentença.
Os viciados são os felizes imortais
Transformados em morcego, por apreciarem a noite.
by Johnny Pina & Rony Moreira