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Se tudo se fizer ao nada, do nada retornará tudo e milagres desvanecerão se nada se fizer em tudo.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Ao largo das lágrimas

No resto dos rastos
Ainda encontro-te
Entre o velho casulo
E a bandeira rasgada
Entre estradas e mitos
De uma vida abastada
Vivida no molde turvo
De pequenos nichos
Do coração dissecado
Na bainha de memórias
Ao largo das lágrimas
Tecidas em miniaturas
Caídas do teu sorriso
E do toque imperfeito
Abandonado no regaço
Frio e sóbrio da pele
Atada em ossos frágeis
Desse corpo que te deseja
Esse que hoje repousa
No sonho do reencontro
Entre a dama e o vagabundo

by Johnny Pina

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Escravo Promíscuo

O pobre coração adormeceu
Sou de gostar e não de amar
Saudades crescem na carne
E no desejo, morrem na cama

A pele esfriou no baile da vida
Toca-lhe para assim aquecê-la
E depois de a usares a gosto
Deixa que volte a ser morto-vivo

O corpo padeceu em clausura
Os olhos não guardam sabores
Esses forjados na promiscuidade
E no amor insano e inexistente

by Johnny Pina