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Se tudo se fizer ao nada, do nada retornará tudo e milagres desvanecerão se nada se fizer em tudo.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O teu corpo


É aquele teu belo corpo

O invólucro da tua alma
Em ti o templo de Deus
O objecto da nossa paixão
É o teu belo corpo
Tão delineado no teu caminhar
A tentação dos meus olhos.
É aquele corpo tão belo
Enfeitado de paz, o teu colo
A cama da minha alma ao pôr do Sol
Onde em palavras caladas
Verso a verso, escrevo o meu amor.



by Johnny Pina

O homem de barro


Em orvalhos de sonhos
No calar da alvorada
A coruja do silêncio
Em sonos de Lua
Envolto nas nuvens
Trouxe à raiz do tempo
Atado na sua alma
O homem de barro

Entre a terra e o céu
Numa voz esquecida
Com a face do perdão
Como uma página virada
Levitando no tempo
Voou a majestosa coruja
Deixando o homem
À deriva da sabedoria

Em prosas de sombra
Em alcateias de luz
De longe o olhar da coruja
Entre os montes e vales
Divagando, sentado o homem
Em feixes de evolução
Passo a passo guiado
Em busca da identidade.

by Johnny Pina

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Sombra minha


Ao meu redor, a sombra

tão fiel, sempre comigo
feita à minha imagem
dança ao som da luz

tão silenciosa
dorme ao meu lado
me abraça em claro
e repousa no escuro


vejo-me na sombra
andando como um gato
tão discreta, brinca
alegrando o meu andar



o meu bom ouvinte
é a sombra minha

tão fiel, sempre comigo.
 


by Johnny Pina

sábado, 3 de novembro de 2012

P.Q.P


P.Q.P?!

Puta Que Pariu?!

P.Q.P
Palavra que perdoa
Perdoa essa boca suja
Que desconhece o valor da mãe
E em três palavras
Revela a desonra do ser humano

Por Quê Perdoar?!

Perdoar por paixão
Por amor ao próximo
Por saudade do sorriso
Perdoar por amizade

Pedir Quando Precisar?!

Pedir cumprindo a palavra de Deus
Pedir p'ra não roubar, não matar
Pedir por e com educação
Precisar no coração e na alma
Precisar na boca e no estômago
Precisar no corpo e no abraço

P.Q.P?!

Poesia Que Pára
Pára no andar e continua andando
Pára no sorriso vosso e faz-me sorrir
Pára no ouvido e continua na mente
Poesia que Pára
Pára no fim, mas ali não morre
Pára no ponto e é a ponte que guia
Poesia gerada de geração em geração
Pára no desejo de continuar lendo
Na juventude das rugas poéticas
No talento dos futuros poetas
Pára no segundo que não pára de seguir
Pára no hoje e revive amanhã a poesia do ontem

Poesia Que Pára,
Parou!

by Johnny Pina