Anda a trote o coração ateu
Cravado no dorso da vil frieza
Celebrando o amor que morreu
Numa nota sinfónica da tristeza
Anda a trote o coração ateu
Às moscas nas ribeiras dos pés
Rogando ao tempo que o esqueceu
Em vagas míseras de várias marés
Anda a trote o coração ateu
Apedrejado no cimento do calvário
O único piedoso que o acolheu
Quando nem o tempo foi páreo
Anda a trote o coração ateu
Guiado por todos os pontos cardeais
Ao relento da penúria que viveu
Em pequenas memórias reais
by Johnny Pina
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